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segunda-feira, outubro 26

Lika Leu: O Espadachim de Carvão


Título: O Espadachim de Carvão
Autor: Affonso Solano
Editora: Casa das Palavras
Ano: 2013
Páginas: 254


Esse não é um livro para se devorar rapidamente, exige um pouco mais de atenção, aos detalhes e tramas, para que o leitor não se perca, confesso que por vezes precisei voltar as páginas, pois já havia me perdido nesse mundo que Affonso Solano nos presenteia. 

O livro, conta a história de Adapak, um jovem rapaz, filho de um Dingirï ( Deuses que deram vida as criaturas que caminham por Kurgala). A pele de Adapak é negra como carvão, seus olhos são completamente brancos, e não possui nariz ou orelhas. 

Ele foi criado longe do mundo, tendo adquirido conhecimento lendo livros, ouvindo seu pai, e aprendendo nos arcos da casa onde morava. Até que aos 19 ciclos ele precisa deixar sua morada para trás, para descobrir quem está querendo matar os Dingirïs, e o porque disso. E nessa busca ele conhecerá o mundo, onde descobrirá que a maldade e a malicia, estão presentes em todas as raças que habitam Kurgala. 

Sua inocência e honestidade, vão colocá-lo em situações embaraçosas e de difícil saída. Mas o rapaz se mostra não só um excelente espadachim, como também capaz de ajudar em conflitos, e fazer amizades, mas quando a verdade vem a tona, é que ele passa a se dar conta de que nem tudo é sempre o que parece ser.

O livro é contado em dois tempos, passado, onde conhecemos um pouco mais de nosso herói, e a construção de seu caráter e o presente, onde sua aventura se desenrola, cheia de tramas, mistérios e espadas. 

Com muito combate, sangue e mistério, o livro nos contempla com um universo novo, sem referencias, cheio de criaturas, que a meu ver deveriam ser melhor descritas e explicadas, pois por não serem conhecidas de nosso imaginário, me deixavam perdidas em suas formas, e poderes, creio que foi o único ponto baixo do livro, já que ainda não sei bem como são as formas dos ushariani, mau'lin, sepus, entre outras criaturas que surgem na vida de Adapak. juro que valeria a pena ter ilustrações das raças, já que o autor além de uma criatividade ímpar, também e um excelente desenhista. 

O início de cada capitulo, conta com uma citação do livro fictício, Tamtul e Magano, e um desenho feito pelo próprio autor, por essas peculiaridades e esmero, o livro exige mais atenção, e dedicação do leitor. Além do fato de a trama ser intrigante e envolvente, já estou com água na boca para ler o segundo livro.

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